Max Weber contribuiu para o desenvolvimento metodológico e científico das ciências sociais, partindo da concepção de que a realidade empírica dos diferentes grupos e processos sociais são inúmeros. Nesse caso, faz-se necessário um recorte de parte da realidade, pois o cientista não consegue, por mais que se empenhe, dar conta da totalidade do fato, bem como suas diversas modalidades e aspectos que os envolvem. Segundo Weber, o primeiro passo metodológico em um trabalho investigativo, é compreender que em uma pesquisa sempre haverá “doses” de subjetividade oscilando entre os valores e significados que este pesquisador carrega em sua bagagem cultural e que o faz desenvolver determinado ponto de vista ao invés de outro, definir um tema ou objeto para investigar. Com isso, o autor orienta o cientista social que não existe nas ciências sociais neutralidade absoluta.
No entanto, diante desses esclarecimentos iniciais, isso não quer dizer que a objetividade nas ciências sociais não seja possível, mas sim que todo trabalho desenvolvido remete à um ponto inicial onde envolve valores subjetivos não eliminados. Weber sugere cautela, pois como não é possível despojar-se totalmente da subjetividade a postura mais coerente é apegar-se aos procedimentos metodológicos que são racionais e lógicos na produção do conhecimento. O método confere critérios rigorosos capazes de conduzir a pesquisa a maior objetividade. Com o método científico, interesses pessoais e valores subjetivos são mitigados através dos seguintes procedimentos: rigor, distanciamento, fidelidade aos fatos, etc., distinguindo juízo de fato do juízo de valor.